Sdecalcinhas

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13.1.11

CAMISOLA RENDADA

Sob o chão a camisola rendada,
Retrato da paixão,
Reflexo do desejo,
Cuidadosamente escolhida,
Cautelosamente vestida
Apaixonadamente tirada,
Silenciosamente aplaude
Dois corpos repletos,
Vencidos de prazer.

8.1.11

Adoro homem com cara de homem, cheiro, cabelo desalinhado... só falta estar com uma hering preta, e uma garrafa de Jack na mão
Um Super Homem de verdade não tem medo de estar ao lado de uma Super Mulher.
É melhor você substituir do que perseguir. (Qualquer coisa que tenha que ser perseguida, provavelmente não vale a pena ser pega).
“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
Este teu monitor é o quadrado mundo que impede o navegante de ir além-mar. Fosse redondo eu poderia entrelaçar os meus dedos nos teus ou, quem sabe, buscar o horizonte onde divisam teus olhos. Mas nem os olhos me fariam alcançar, pois como as vidas, escondidas, que amanhecem e entardecem além do olhar, um abraço não se enxerga e sonhos um olhar não conta. Ao mundo que ultrapassa o além-mar dos teus olhos: abraçar é preciso.

Homem de lata......

Encosto o meu dedo em sua pele, mas ela não afunda. Não é possível. Desabotôo a sua camisa e deito a minha cabeça em seu peito, meu homem de lata. Diante do novo segredo, eu queria chorar, mas posso enferrujá-lo. Então, como viveria em paz sem a sua armadura? Sem nada entender, você se vira e vai embora. E só então eu percebo: a sua armadura é furada, meu amor. Nas centenas de furos sobre a lata, vai aguando todas as plantinhas ao seu redor. Você é, na verdade, um lindo homem regador.

Não é isso que todo mundo acha super divertido?

Poxa, to só obedecendo todo mundo.

Não é isso que todo mundo acha super divertido? Beber e fumar, e beber, e fazer sexo sem amor, e beber e fumar e dançar e chegar tarde e envelhecer e não sentir nada? Sabe Zé, no começo doeu não sentir nada. Mas eu consegui. Eu não sinto nada. Nada. Uns vem, uns vão. As garrafas tão lá, ao lado do lixo. As cinzas saem dançando por aí. As minhas vão junto. No dia seguinte eu acordo, tomo um banho, passo protetor solar, sento na minha varanda com o meu jornalzinho e ó: nada. Nadinha. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa.

Mas hoje é quinta, hoje tem visita. Hoje tem risada alta, tem festinha, tem maquiagem e música. O senhor promete que não me julga, Zé? Eu sei que você se atrapalha, liga aqui pra cima e fica até mudo. São tantos nomes, não é? Mas é só fazer que nem eu: chama todo mundo de “o outro”. Todos são outros. Porque o de verdade, Zé, o de verdade não existe. A gente chora, escreve lá umas poesias profundas, chora, mas um dia a gente acorda e descobre que esse aí não existe não.
Eu sou do mundo,um espírito do vento....
Um dia me disseram que "quanto mais alto o vôo, maior a queda". Eu digo que quanto mais alto é o vôo, mais bela é a vista...enxergue do alto,além do horizonte.